Temática social, muitas cores e grafite. Essa trinca é responsável pela frente de transformação das paradas de ônibus em Taguatinga. Trata-se de uma alteração da paisagem para melhor, uma iniciativa da administração local, que resolveu colocar a mão na massa, literalmente, e pintar os abrigos onde os usuários aguardam a chegada do transporte todos os dias.
Ao todo, 36 espaços foram revitalizados nos últimos seis meses. Eles chamam a atenção de quem cruza as ruas da cidade. É o que pode ser visto nas avenidas QNJ e QNL, Hélio Prates e Pistão Sul.
Antes marcadas por sujeira, cartazes colados e poluição visual, as paradas de ônibus se transformaram em locais em que, por meio da arte, se desperta a reflexão para assuntos pontuais. “Ouço a população cada vez que pinto uma parada e vou pegando os temas de que eles mais falam”, resume o responsável pela renovação dos abrigos, Fernando Cordeiro, conhecido como Elom.
Memória e temas pontuais
“O Mercado Norte tem toda uma história, assim com a SAB, que era um mercado público bem tradicional”, comenta Elom. “Esse trabalho é para resgatar a memória da cidade e ficar registrado nas paradas de ônibus, além de falar sobre temas importantes, como o combate à violência contra a mulher.”
Servidor da Administração de Taguatinga, Elom dá vida ao projeto Arte nas Paradas, destinado à melhoria desses ambientes. O material para a pintura dos abrigos é dividido entre os próprios funcionários da administração ou em parceria com a comunidade, que faz doações. No fim, ganham todos, com paradas de ônibus mais atraentes.
Até o momento, já foram revitalizados 40 espaços. Em média, o trabalho em um abrigo leva um dia para ser concluído. A meta, porém, é ambiciosa. “Queremos reformar todas elas”, informa o administrador de Taguatinga, Geraldo Cesar de Araújo, que reforça a meta de Elom: “Nesses espaços, aproveitamos para tratar de temas compatíveis com a comunidade e o ambiente em que vivem”.
Dia a dia, essa arte a céu aberto tem conquistado moradores e o público em geral. É o caso do vigilante Daniel Castro, que, ao apreciar as pinturas, aproveitou para observar: “Falta educação por parte da população. Assim fica um ambiente mais legal. Melhor assim do que com os cartazes”.
Com informações da Agência Brasília
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